O TEXTO A BAIXO CHEGOU POR E-MAIL, MAS ME PARECEU FUNDAMENTAL PARA ENTENDERMOS A PLÍTICA NO BRASIL "CONTEMOPRÂNEO"... ou nem tanto!
Publico também com a intenção de expurgar da política brasileira essa corja que ainda acredita mandar no país.
Virá a seguir a repostagem sobre Marconi Perillo em Goiás. Outra atitude digna de ditadores. Vergonha!
Privataria Tucana
ESCRITO POR CELSO DE CASTRO BARBOSA
QUARTA, 04 DE
ABRIL DE 2012
Nota da Redação: A resenha a seguir foi publicada
originalmente na Revista de História da Biblioteca Nacional, patrocinada
por órgãos de governo e editada pela Sociedade dos Amigos da Biblioteca
Nacional (Sabin). Após melindrar políticos tucanos foi retirada do ar.
Posteriormente, o jornalista que a assinou e mais um colega foram
demitidos e até acusados de ter produzido e publicado o artigo,
favorável ao livro, por conta própria. No entanto, ficaram inequívocas
as pressões, incapazes, no entanto, de rebater e desmontar as denúncias
desde a publicação do livro, de modo que tentam obstinadamente
censurá-lo e retirá-lo do debate nacional. Portanto, pelas razões
descritas, o Correio da Cidadania publica a resenha do jornalista Celso
de Castro Barbosa. “O jornalismo não morreu”Privataria Tucana prova que a
reportagem de investigação está viva e José Serra, aparentemente, morto
Engana-se quem imagina morta a reportagem de investigação no Brasil.
Embora os jornalões, revistas semanais e emissoras de TV emitam
precários sinais vitais do gênero, ele está vivíssimo, como prova A
Privataria Tucana, livro do premiado repórter Amaury Ribeiro Jr. Lançado
em dezembro e recebido pela grande imprensa com estridente silêncio,
seguido de críticas que tentaram desqualificar a reportagem e o autor, o
sucesso do livro, já na terceira edição e no topo das listas dos mais
vendidos, não se deve a suposto sentimento anti-tucano. Até porque os
fatos objetivos relatados não poupam o PT. Não há santos na Privataria.
Com base em documentos oficiais, da CPI do Banestado e outros que o
autor conseguiu em cartórios, Amaury torna pública a relação de
dirigentes do PSDB e a abertura de contas no exterior de empresas de
fachada, responsáveis pelo retorno ao Brasil do dinheiro sujo da
corrupção. Dinheiro que voltou, naturalmente, limpo. Muita gente deve
explicações à Justiça que, nesse episódio como em outros envolvendo
expressivos representantes da elite brasileira, move-se a passos de
tartaruga. Ou simplesmente não se move. Pelo cargo que ocupou na época
das tenebrosas transações, as privatizações da era FHC, José Serra,
então ministro do Planejamento e depois duas vezes candidato à
presidência, prefeito e governador de São Paulo, é quem tem a imagem
mais chamuscada, para não dizer estorricada, ao fim da Privataria
Tucana. De origem humilde, o tucano paulista exibe patrimônio
incompatível com os rendimentos de um político. Tudo em nome de sua
filha, Verônica, que ao lado de Ricardo Sérgio, tesoureiro das campanhas
de Serra e Fernando Henrique, emerge como principais parceiros do
ex-governador no propinoduto que marcou a venda das empresas de
telecomunicação. Além de jogar uma pá de cal na aura de honestidade de
certos tucanos, o livro de Amaury tem ainda o mérito de questionar,
involuntariamente, a atuação da grande imprensa no país. Agindo como
partido único, onde só é permitida uma única opinião, jornais, revistas e
mídia eletrônica defenderam, com unhas e dentes, a privatização. O
principal argumento era a vantagem que traria aos consumidores:
eficiência e tarifas baixas por causa da concorrência. Passados mais de
dez anos, o Brasil cobra tarifas de telefone das mais altas do planeta e
as concessionárias são campeãs de reclamação nos Procons. Não bastasse,
ao ignorar o lançamento do livro, a imprensa hegemônica mostra sua face
semelhante à dos piratas: um olho tapado, que nada vê, e outro atento à
movimentação dos adversários.
Ficha técnica:
Título: A Privataria
TucanaAutor: Amaury Ribeiro JuniorEditora: Geração EditorialAno:
2011Páginas: 344Preço: R$ 34,90ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM QUARTA, 04 DE ABRIL
DE 2012
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