segunda-feira, 30 de março de 2015

A CORRUPÇÃO COMO ELA É, E QUEM A ALIMENTA: saiu n OGlobo - Apenas 2 dos 22 deputados envovidos na Operação Lava-Jato foram eleitos graças à sua própria votação.


Saiu no O Globo de hoje que...

"Deputados com votos dos outros
Apenas dois dos 22 deputados investigados no STF devido à Operação Lava-Jato foram eleitos graças à sua própria votação. Os demais não tiveram votos suficientes, mas foram beneficiados pela força de suas coligações. Para especialistas, isso gera distorções na representação no Parlamento. (Pág. 3)"


A Reforma Política não é uma bandeira partidária, mas uma pauta nacional. A notícia é mais um motivo para realizá-la o mais rápido possível. Absurdos assim precisam desaparecer da política brasileira. Os bandidos da política se alimentam dessas excrescências legais...

A cada notícia sabemos que instituições da magnitude da OAB e da CBNN que propuseram o fim do financiamento empresarial de campanha, uma "lei" que foi - tecnicamente - aprovada no STF, pois recebeu seis (6) votos favoráveis em dez (possíveis) - tem cumprido seu papel político, cívico, institucional com a nação. 
A quesatão é quem não tem feito o mesmo?

No Brasil, até mesmo juízes se posicionam, francamente, contra instituições, partidos e a nação. O Ministro Gilmar Mendes, nesse caso, pediu vistas ao projeto e o "arquivou" em sua casa, por conta própria. 
Um acinte jurídico, político e cívico contra o qual algumas vozes se levantaram (#devolvegilmar), mas não adiantou. Uma violação dos princípios legais a quem o funcionário público é pago para defender. Uma violação, não somente dos legítimos direitos dos cidadãos, mas das premissas que regem as relações estado-nação e garantem a nação como corpo social do estado. Uma violação à Carta Magna de 1988, a quem o ministro deve (ou deveria), mais do que respeito, reverência. 

A velha mídia, em geral, se calou. 

Nesse ínterim, o PMDB propôs "sua" reforma política que altera pouco essas práticas expúrias, ligadas ao uso do dinheiro em campanhas eleitorais. As mesmas que atraem os bandidos para a política e marcaram a vida política nacional da Nova República. 

Ainda que uma ditadura traga desdobramentos funestos para a vida política nacional e por longo tempo - entre muitos outros graves problemas - o que justificaria o fato de essas práticas sejam mantidas até agora? 
Passou da hora de mudar! 

As manifetações de 2013 expressaram bem que a população não suporta mais essas mazelas políticas, gestadas no ventre da ditadura. Mas, como ficou evidente nos resultados das investidas populares contra os acordos dos governos estaduais e municiapis com as companhias de transporte, prejudicando a população, tais práticas  contaminaram, senão todos os políticos, pelo menos viciaram a imensa maioria deles.
Ao longo da Nova República, transformaram-se numa das práticas mais expúrias da cultura de corrupção nacional. Afinal a corrupção ligada ao Metrô de SP prejudica toda a população da cidade, cotidianamente. 
Tivemos também corrupção em diversos níveis de governo, das quais somente e última foi a julgamento: "compra" de eleição (Collor); compra aumento de mandato (Sarney), reeleição (FHC), compra de votos no congresso (com minúscula - cujos corrompidos não forma punidos)

Me lembro da esposa do ex-presidente Collor ser acusada de roubar dinheiro da merenda escolar: realização irônica do dito popular - tirar doce de criança... 

A notícia de que 10% dos envolvidos na Operação Lava-Jato não foram eleitos mostra que o problema não está somente nos eleitores desinformados e/ou manipulados, comprados, etc. mas na máquina eleitoral montada pelo banditismo político que virou epidemia. Ela deixa ainda mais claro a necessidade de realizarmos uma reforma política que, sobretudo, rompa com as relações intestinais entre dinheiro - em geral de origem desonesta, incluindo o banditismo - e a alta política brasileira. 

Mais pelo Brasil!


Editorial da Folha de São Palulo:
“Justiça tarda e falha”, acerca de demora para o julgamento do mensalão tucano"

segunda-feira, 9 de março de 2015

A esquerda entrega as ruas para a direita: um alerta importante e alarmante


Mais uma vez a política da esquerda pequeno-burguesa
Nem, nem... a esquerda pequeno-burguesa entrega as ruas para a direita
Psol e PCB não querem lutar contra o golpe, a Rede Globo explicou para eles que isso é "governismo"
Mais uma vez, a esquerda pequeno-burguesa que está fora do governo mostrou que realmente está disposta a deixar a direita à vontade e, quem sabe até, apoiar a direita contra o governo.
Psol e PCB, diante das duas manifestações que vão acontecer nos próximos dias e do aumento da polarização política no País, levam adiante a política do “nem uma coisa, nem outra”, que também poderia ser chamada de política dos que estão vivando em outra dimensão. Tudo isso, como sempre é claro, vem misturado com uma bela cobertura de “temos uma posição classista”. Não tenhamos dúvida de qual classe a posição dessa esquerda representa: a classe média. Mas antes de explicar mais uma demonstração de extrema desorientação política, que está levando esses grupos – devemos incluir aí o PSTU – a uma aliança prática com a extrema direita, vejamos as declarações.
Em uma nota escrita no dia 10 de fevereiro por sua direção nacional, o Psol afirma que “o partido desautoriza o uso de seu nome em convocatórias de atos pró-governo a serem realizados no próximo dia 13 de março”.
E acrescenta:
“O lugar do povo brasileiro não é nem reforçando as forças conservadoras, nem tampouco [grifo nosso] apoiando o governo atual e suas medidas. É ocupando as ruas para exigir o fim do pacote de austeridade, o fim dos reajustes das tarifas públicas e dos combustíveis, o arquivamento dos projetos que representam retrocesso de direitos e a punição de todos os envolvidos nos escândalos de corrupção da Petrobrás, tanto do período FHC quanto Lula e Dilma [grifo nosso].”
Já o PCB, depois de ter visto o nome do partido na convocatória para o ato do dia 13 de março, correu para desmentir e aproveitou para atacar o governo: “PCB não participa de atos governistas”. “A Comissão Política Nacional do PCB vem a público comunicar que o partido não participará desse ato e, portanto, não autoriza a inclusão de nossa sigla na lista de entidades promotoras”.
Em primeiro lugar é preciso explicar que as duas manifestações não são meras “manifestações”. Elas são a expressão mais visível nesse momento da polarização política no Brasil. Os elementos da direita e extrema-direita nacional, abertamente financiados pelo imperialismo e promovidos pela imprensa cartelizada (Globo, Veja, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo) preparam um golpe contra o governo, disfarçado como sempre detrás de “belas” justificativas morais. O golpe é contra o governo do PT – os “governistas” na linguagem da esquerda pequeno-burguesa – naturalmente. O golpe precisa ser dado contra o governo de plantão, independentemente da natureza e das características dele. Apenas para lembrar, quem está na presidência é o PT, não o PCB nem o Psol.
Mas o golpe, como todo golpe, não para depois de derrubar o governo. Seu objetivo é muito mais profundo: atacar brutalmente as condições de vida dos trabalhadores, as organizações populares, sindicais, estudantis.
A extrema-direita que sairá nas ruas no dia 15 quer isso. A manifestação do dia 15 não quer o “impeachment”, quer um golpe. Golpe mesmo, assim como o de 64, ou como o do Pinochet no Chile e tantos outros.
Diante disso, a tarefa central da esquerda que se diz revolucionária é denunciar e lutar contra o golpe. Lutar contra o golpe não significa ser “governista” como costumam argumentar as crianças da esquerda pequeno-burguesa. Lutar contra o golpe é defender as organizações operárias e populares, atacar os fascistas.
E para acrescentar, devemos lembrar que lutar contra o golpe é, em uma grande medida, lutar contra a própria política de conciliação e covardia do PT, que se nega, como sempre, a lutar.
O que significa o “nem, nem”?
A política do Psol e do PCB nada mais é do que uma maneira de se aliar com a direita usando palavras de esquerda. Não se posicionar claramente contra o golpe, convocando a esquerda, os sindicatos, os movimentos populares, o próprio PT e obviamente os trabalhadores para sair às ruas contra os golpistas é estar do lado da direita.
Mas a posição é ainda pior. O Psol deixa “escapar” em sua nota que sair às ruas no dia 13 é ainda pior do que ir na manifestação do dia 15. Para o Psol, o ato do dia 13 é para “defender o governo”. Foi a Globo que falou isso para a direção nacional do partido.
Para a esquerda pequeno-burguesa é necessário que se construa uma “alternativa”, uma “saída pela esquerda”, como diz a nota do Psol. Tudo isso é muito bonito, mas diante do golpe e do crescimento da extrema-direita, qual será a posição do Psol? Nem um, nem outro. Esperemos o dia em que nossas pregações “esquerdistas” atinjam a cabeça do povo e ele decida eleger a Luciano Genro, o Mauro Iasi ou o Zé Maria como presidentes da república. Até lá... nem, nem.
Vamos deixar como está, mas sem deixar de pedir a cabeça do PT. Foi a Rede Globo e a revista Vejaquem explicou isso para eles.
Com essa posição, a esquerda pequeno-burguesa deixa as ruas para a direita. Não defender uma frente de de luta de todos os trabalhadores contra o golpe com a justificativa morais contra o PT apenas deixa o caminho livre para o avanço da direita, que já está nas ruas e está crescendo.
O Psol vai ainda mais longe e pede a punição dos envolvidos em escândalos de corrupção. Como é bom aprender com a Rede Globo!
Mas os psolistas vão dizer: “não somos como a rede Globo porque pedimos a punição do período FHC.” Sobre isso, nos resta lembrar que essa posição é a mesma da Dilma e do PT, que também chegaram nessa posição porque a Globo ensinou para eles que é preciso ser “ético”.
A política da esquerda pequeno-burguesa é uma falsa alternativa de esquerda. Ao atacar o governo, dando razões aos argumentos da direita, tudo o que essa esquerda faz é dar um ar de “pureza” para o golpismo.
A única alternativa real que está colocada nesse momento é sair às ruas contra o golpe, levantando as reivindicações dos trabalhadores, coisa que o PT não faz ou faz timidamente e apenas com objetivos eleitorais. É preciso uma posição clara de luta contra a direita e o golpe. Essa é a principal tarefa do momento.


http://www.pco.org.br/movimento-operario/nem-nem-a-esquerda-pequeno-burguesa-entrega-as-ruas-para-a-direita/abbo,e.html

Eu abomino alguns dos termos usados acima por considerá-los completamente anacrônicos, entre outras coisas mas... 

A análise é muito pertinente. 

Vale lembrar que, antes do golpe de 1964, mesmo os mais combativos e bem informados brasileiros NÃO ACREDITVAM na possibilidade... 
Fato é que os EUA enviou seus navios para o caso de guerra civil, mas por aqui intelectuais, jornalistas sérios, até militantes e revolucionários tenderam a não abominar o golpe. 
Depois, deu no que deu: 21 anos de ditadura sanguinária, na qual,além de perdas de graves de direitos sociais e maturidade cívica para a grande maioria da população - pobres e miseráveis, antes dos governos do PT; exílios quando não assassinatos; supressão dos direitos polítcos de todos que não fossem próximos aos golpistas e seus interesses. 
Ainda hoje tem gente que formou-se em História (???) e teve a coragem de chamar a ditadura militar - que eu prefiro civil-militar, para destacar a participação da sociedade civil, sobretudo empresários entreguistas - de "ditabranda" publicamente. Escárnio público com todos os brasileiros, principalmente com os mortos, desaparecidos e destruídos psicologicamente e/ou fisicamente pelas torturas e os seus...  Além de erro histórico, erro conceitual e erro cívico, houve também por parte desses vendilhôes de cátedra, uma deliberada falta de ética quanto ao papel que o jornmalismo e o profissional da história desempenham numa sociedade. Eu diria que é mau-caratismo!
Por tudo isso, está passando da hora de sermos intolerantes com essa gente. Houve eleições democraticas e eles foram vencidos NO VOTO. Como diria meu velho pai, "o choro é livre". 
Vamos demosntrar para essa corja que movimento social é outra coisa. Manifestação tem outros significado. A luta pela reforma política que retira o dinheiro privado da política.