sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A popularidade de... FHC

O tucano chegou a ter 8% de ótimo e bom, índice parecido com o de Dilma Rousseff hoje
por Marcos Coimbra — publicado 08/10/2015 02h59
Tânia Rêgo/ Agência Brasil
fhc-popularidade
O governo FHC tinha 8% de aprovação, número idêntico ao registrado por Dilma neste momento.
Nos tempos atuais, que seriam cômicos se não fossem trágicos, alguns fingem não saber o que acontece e a outros a ignorância poupa da necessidade de simular. 
Consideremos a insistência com que o tema da crise de popularidade do governoaparece no discurso das oposições, no Congresso Nacional, ou na “grande” mídia. Do início do ano para cá, raramente se passa um dia sem que alguém se refira aos problemas de imagem do governo, da desaprovação da presidenta, da rejeição aoPT e coisas do gênero.
Uma das razões de o assunto ser mantido em primeiro plano é a frequência com que são divulgadas pesquisas de opinião. Se computarmos todos os institutos utilizados pelas oposições, estamos perto de duas dezenas de levantamentos em poucos meses, algo atípico no cenário brasileiro. 
De 2003 para cá, os períodos de impopularidade do governo federal foram exceção. Lula teve alguns meses de dificuldades no segundo semestre de 2005, mas logo se recuperou e venceu com tranquilidade a eleição seguinte. Dilma Rousseff atravessou uma fase crítica mais longa entre a metade de 2013 e o início de 2014, mas voltou a níveis confortáveis de aprovação em tempo de se reeleger. Nos 12 anos entre a posse de Lula e o começo de 2015, a opinião pública brasileira esqueceu-se do que são presidentes impopulares, entre eles José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.   
Nada há de inédito no fato de termos atualmente um governo com avaliação negativa. A novidade é a intensidade do processo de desgaste ao qual a imagem pessoal de Dilma Rousseff e a de seu governo é submetida. 
Para o cidadão desavisado, a “impopularidade de Dilma”, mais que consequência das adversidades enfrentadas pelo País e do massacre cotidiano na mídia, passou a ser vista como uma espécie de “castigo natural” a que o Destino a teria condenado pelos “erros” cometidos. E do qual, como pecadora renitente, não conseguiria escapar. De efeito tornou-se causa de complicações na política e na economia.
Quem sempre tem uma opinião engraçada a oferecer a respeito da impopularidade da presidenta é Fernando Henrique Cardoso. Recentemente, ele saiu-se com esta: “(...) é tanto desacerto que surgiu uma grande inquietação (que) gera essas ideias para arranjar um modo de nos desvencilharmos da presidente”. FHC é doutor em crise de popularidade, mas parece nada haver aprendido com aquela(s) que experimentou. 
Em outubro de 1999, o Instituto Vox Populi fez uma pesquisa para a Confederação Nacional dos Transportes. Amplamente noticiada à época, seus resultados, lidos hoje, permanecem instrutivos. O governo FHC tinha 8% de avaliação positiva, número idêntico ao registrado por Dilma neste momento. Separados por 16 anos e profundas diferenças políticas e biográficas, ambos chegaram, em momento análogo e pelos mesmos motivos, a uma crise de popularidade do mesmíssimo tamanho.  
O desemprego era a maior preocupação da população: 61% das pessoas o consideravam o problema “mais grave” do País, seguido pela violência e a miséria. Em relação aos três, o governo era percebido como inerte. Para 69%, ele tinha “pouco empenho” em resolver o desemprego. Segundo 78%, o mesmo acontecia em relação à insegurança, enquanto 81% não consideravam que se empenhasse em acabar com a miséria. 
O desânimo era grande: 50% acreditavam que o País estava “parado” e 36% entendiam que “andava para trás”. Quase metade (45%) dos entrevistados afirmava que sua situação estava “piorando”, ante apenas 14% que dizia que “melhorava”. 
O pessimismo a respeito das condições de vida era sublinhado por percepções de forte crescimento da corrupção e da impunidade: 74% dos entrevistados afirmavam que a impunidade estava “aumentando” e 83% diziam o mesmo da corrupção (49% tinham a opinião de que a corrupção estava “aumentando muito”). Para a vasta maioria da população, portanto, o governo não era apenas ruim, mas também incapaz de se corrigir.  
Dos resultados daquela pesquisa, o pior era, no entanto, outro ponto, aquele que mostrava quão baixa era, naquele Brasil, a autoestima do povo. À pergunta que pedia para os entrevistados pensarem em sua realidade e dizerem se acreditavam ter “chance de progredir na vida”, 16% responderam que “não tinham nenhuma chance” e 54% que “tinham pouca chance” de melhorar. Quase três em cada quatro brasileiros não confiavam em si mesmos. 
É evidente a gravidade dos problemas de imagem do governo Dilma. Mas apresentá-los como únicos ou os piores que tivemos é coisa de muita esperteza ou pouca informação. Todos ganharíamos se as oposições fossem mais justas nas críticas e mais honestas na autocrítica.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ZELOTES! Denunciando o roubo que tem sido silenciado. Audiência Pública ALERGS - OPERAÇÃO ZELOTES

Cunha: sempre contra os interesses nacionais - o impeachment e as causas, NUMA PALAVRA: PETROBRÁS

Saiu na Caarta Maior: [Valter Campanato / Agência Brasil]

"Cunha inicia votação de projeto que tira a Petrobras do pré-sal
Analistas apontam que o fato de Dilma defender a Lei de Partilha, que privilegia a Petrobras, é um dos principais motivos da campanha pelo impeachment.
....
Após o fracasso do senador José Serra (PSDB-SP) de tentar aprovar no Senado o seu projeto de lei que acabava com a Lei da Partilha, retirando da Petrobras a posse de 30% das jazidas do pré-sal e, também, da posição privilegiada de operadora única dos campos de petróleo do pré-sal; o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), retoma hoje a ofensiva das petrolíferas internacionais pelo controle do petróleo do Brasil.

Eduardo Cunha vai colocar em votação hoje, no colégio de líderes, o requerimento de N° 1.219/15 - do deputado Mendonça Filho e outros, que propõe "urgência, nos termos do artigo 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para apreciação do projeto-de-lei número 6.726, de 2013”, de autoria de Mendonça filho, que na prática, como o PLS-131 do Serra, também acaba com a Lei da Partilha – combatida pelas multinacionais do petróleo que atuam no país desde a sua criação.

Se o requerimento de urgência – assinado por sete líderes partidários – for aprovado, o projeto entreguista de Mendonça Filho (DEM-BA) será votado no plenário a toque de caixa sem nenhuma discussão em comissões temáticas, onde está parado há meses; e precisará apenas de maioria simples para ser aprovado no plenário, exatamente o que as multinacionais querem e que Serra tentou fazer no Senado com o PLS-131, sem conseguir.
....
A firme defesa do interesse nacional, através da manutenção da Lei da Partilha e da Petrobras, é apontada por alguns analistas – inclusive internacionais – como um dos principais motivos da campanha que é movida contra a presidente Dilma e prega o impeachment de seu mandato, recém adquirido nas urnas.
...
Pelo sistema de concessão, que eles defendem, as multinacionais ficam com 67% do valor do petróleo extraído, em óleo, e deixam no Brasil 10% do valor dele em royalties, pagos em dinheiro; e mais 23% em impostos, baixíssimos. Antes, o petróleo do Brasil ficava 100% no Brasil, quando vigorava o sistema de monopólio estatal criado em 1953 por Getúlio Vargas e revogado em 1997 no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso.
........

Serra não conseguiu por conta da firme reação dos senadores nacionalistas que derrubaram a urgência e, depois, não deixaram o projeto entreguista avançar dentro de uma comissão especial que criada e que acabou sendo extinta por conta da atuação firme dos nacionalistas."

Lei o texto na íntegra em:
http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FCunha-inicia-votacao-de-projeto-que-tira-a-Petrobras-do-pre-sal%2F4%2F34507


Mídia {cumprindo seu papael social] Contra a Corrente - Observatório da Imprensa







Parabéns à TV Brasil!

Fazendo jornalismo que o brasileiro merece!


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Boechat, o panelaço e o impeachment. Lucidez, por favor!

Temer? Sempre há o que o "Temer" com essas raposas velhas da política brasileira. Há 500 anos é assim!

Eu continuo afirmando que o grande erro das esquerdas brasileiras é o mesmo do início dos anos 1960 - arrogância política e falta de um pé na realidade concreta. A situação se complica por não se saber quem é o adversário. 
Apoiar o governo Dilma não significa concordar com o projeto que "ajuste fiscal" representa, mas reconhecer que é preciso derrotar primeira e principalmente a direita, que avançou muito e ameaça fazer mais, desde a última eleição. 
O contexto não está para debates menores. Ao contrário, estamos vendo retrocessos no Congresso (!) que nos enviam aos anos 1980 ou, pior, ao século XIX. A esquerda "revolucionária" (termo irônico no qual reúno sindicalistas irresponsáveis, as esquerdas que não percebem quem é o "vilão" e/ou outros grupos que desconhecem o contexto internacional), ao fazer oposição ao governo, alimenta a direita. Isso não é ficção, é política! 
Afinal, trata-se de uma luta ideológica. O adversário é outro e ele sabe, muito bem, a quem deve reverência e qual é seu alvo: derrotar os avanços sociais e impor uma agenda neo-liberal. Acusar os avanços sociais da última década de "direitista" é uma atitude de luta ideológica - que, nesse momento, eu considero rasteira. Trata-se de de investida daqueles que aspiram ao poder, ou não passa de má fé. Como não acredito que haja má fé desses grupos, a luta se encaminha para a vitória do PSDB e seus aliados. PONTO!. 
A pergunta "concreta" é: a quem serve um impeachment da Dilma? A resposta é muito clara: à direita! Ao PMDB e PSDB. Ou alguém, com alguma lucidez, acredita que com o PT fora do governo a agenda que vai avançar é a dos movimentos sociais? Um governo liderado pelo Temer? 
Temos muito a "Temer"!

Quem defende o impeachment hoje quer que essa limpeza acabe. Por isso, o impeachment serve aos corruptores e corruptos.

Enfim, alguém da velha mídia brasileira encontra uma brecha para dar voz aos especialistas. Segunda Eleonora de Lucena, da Folha de São Paulo (em 27 do 04 de 2015) entrevista Adalberto Cardoso, sociólogo da UERJ que faz uma análise esclarecedora da situação atual do Brasil.
Segundo ela explica:
"A Operação Lava-Jato está expondo o coração do capitalismo brasileiro, que é inteiramente corrupto. Ela fere interesses empresariais e políticos que usam o Estado em seu benefício. Quem defende o impeachment hoje quer que essa limpeza acabe. Por isso, o impeachment serve aos corruptores e corruptos.
A visão é do sociólogo Adalberto Cardoso, 53 anos, diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Para ele, é ingenuidade não identificar interesses externos na crise política.
“O impeachment interessa às forças que querem mudanças na Petrobras: grandes companhias de petróleo, agentes nacionais que têm a ganhar com a saída da Petrobras da exploração de petróleo”, diz.
Confira em : http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/04/1621134-entrevista-eleonora.shtml
"

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Wikileaks revela planos secretos dos EUA sobre o minério brasileiro NIÓBIO





A entrevista está ultrapassada, mas vale pelo esclrecimento e retórica.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Mauro Santayana: A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral

Mauro Santayana: A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral

EUA JÁ AGEM PARA DERRUBAR DILMA ROUSSEFF (Por F. William Engdahl na Revista americana NEO) |... - Linkis.com

EUA JÁ AGEM PARA DERRUBAR DILMA ROUSSEFF (Por F. William Engdahl na Revista americana NEO) |... - Linkis.com

A questão não é acreditar, cegamente, no argumento, mas refletir com atenção sobre os dados que estão sendo apresentados. Lembrando que o Brasil, antes da descoberta do Pré-sal figurava entre as sete (7) maiores economias do mundo.

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=14736
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e&cod=14736

Ouça aqui:
https://video-gru1-1.xx.fbcdn.net/hvideo-xpf1/v/t42.1790-2/11044363_726385437476779_1097949172_n.mp4?efg=eyJybHIiOjMzMywicmxhIjoyODc4LCJ2ZW5jb2RlX3RhZyI6InJlc180MjZfY3JmXzIzX21haW5fMy4wX3NkIn0%3D&rl=333&vabr=185&oh=efb877c66bf119aaeb5c1e4775f82c6a&oe=55D3687A


DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTA DO BRASIL, PAÍS MEMBRO DO BRICS, É O PRÓXIMO ALVO DE WASHINGTON
 [*] F. William Engdahl, NEO – New Eastern Outlook
Traduzido por Renato Guimarães e distribuído p/ Vila Vudu

O porquê do terceiro turno...
Para ganhar o segundo turno das eleições contra o candidato apoiado pelos Estados Unidos, Aécio Neves, em 26 outubro de 2014, a presidenta recém-reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, sobreviveu a uma campanha maciça de desinformação do Departamento de Estado estadunidense. Não obstante, já está claro que Washington abriu uma nova ofensiva contra um dos líderes chave do BRICS, o grupo não alinhado de economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Com a campanha de guerra financeira total dos Estados Unidos para enfraquecer a Rússia de Putin e uma série de desestabilizações visando a China, inclusive, mais recentemente, a Revolução dos Guarda-Chuvas financiada pelos Estados Unidos em Hong Kong, livrar-se da presidente socialmente propensa do Brasil é uma prioridade máxima para deter o polo emergente que se opõe ao bloco da Nova (des)Ordem Mundial de Washington.

A razão por que Washington quer se livrar de Rousseff é clara. Como presidente, ela é uma das cinco cabeças do BRICS que assinaram a formação do Banco de Desenvolvimento do BRICS, com capital inicial autorizado de 100 bilhões de dólares e um fundo de reserva de outros 100 bilhões de dólares. Ela também apoia uma nova Moeda de Reserva Internacional para complementar e eventualmente substituir o dólar. No Brasil, ela é apoiada por milhões de brasileiros mais pobres, que foram tirados da pobreza por seus vários programas, especialmente o Bolsa Família, um programa de subsídio econômico para mães e famílias da baixa renda. O Bolsa Família tirou uma população estimada de 36 milhões de famílias da pobreza através das políticas econômicas de Rousseff e de seu partido, algo que incita verdadeiras apoplexias em Wall Street e em Washington.

Líderes dos países BRICS

Apoiado pelos Estados Unidos, seu rival na campanha, Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), serve aos interesses dos magnatas e de seus aliados de Washington.

O principal assessor econômico de Neves, que se tornaria Ministro da Fazenda no caso de uma presidência de Neves, era Armínio Fraga Neto, amigo íntimo e ex-sócio de Soros e seu fundo hedge Quantum. O principal conselheiro de Neves, e provavelmente seu Ministro das Relações Exteriores, tivesse ele ganhado as eleições, era Rubens Antônio Barbosa, ex-embaixador em Washington e hoje Diretor da ASG em São Paulo.

A ASG é o grupo de consultores de Madeleine Albright, ex-Secretária de Estado norte-americana durante o bombardeio da Iugoslávia em 1999. Albright, dirigente do principal grupo de reflexão dos Estados Unidos, o Conselho sobre Relações Exteriores, também é presidente da primeira ONG da “Revolução Colorida” financiada pelo governo dos Estados Unidos, o Instituto Democrático Nacional (NDI). Não é de surpreender que Barbosa tenha conclamado, numa campanha recente, o fortalecimento das relações Brasil-Estados Unidos e a degradação dos fortes laços Brasil-China, desenvolvidos por Rousseff na esteira das revelações sobre a espionagem norte-americana da Agência Nacional de Segurança (NSA) contra Rousseff e o seu governo.

Surgimento de escândalo de corrupção

Durante a áspera campanha eleitoral entre Rousseff e Neves, a oposição de Neves começou a espalhar rumores de que Rousseff, que até então jamais fora ligada à corrupção tão comum na política brasileira, estaria implicada num escândalo envolvendo a gigante estatal do petróleo, a Petrobras. Em setembro, um ex-diretor da Petrobras alegou que membros do governo Rousseff tinham recebido comissões em contratos assinados com a gigante do petróleo, comissões estas que depois teriam sido empregadas para comprar apoio congressional. Rousseff foi membro do conselho de diretores da companhia até 2010.

Agora, em 2 de novembro de 2014, apenas alguns dias depois da vitória arduamente conquistada por Rousseff, a maior firma de auditoria financeira dos Estados Unidos, a Price Waterhouse Coopers se recusou a assinar os demonstrativos financeiros do terceiro trimestre da Petrobras. A PWC exigiu uma investigação mais ampla do escândalo envolvendo a companhia petrolífera dirigida pelo Estado.

Dilma Rousseff
A Price Waterhouse Coopers é uma das firmas de auditoria, consultoria tributária e societária e de negócios mais eivadas de escândalos dos Estados Unidos. Ela foi implicada em 14 anos de encobrimento de uma fraude no grupo de seguros AIG, o qual estava no coração da crise financeira norte-americana de 2008. E a Câmara dos Lordes britânica criticou a PWC por não chamar atenção para os riscos do modelo de negócios adotado pelo banco Northern Rock, causador de um desastre de grandes proporções na crise imobiliária de 2008 na Grã-Bretanha, cliente que teve que ser resgatado pelo governo do Reino Unido. Intensificam-se os ataques contra Rousseff, disto podemos ter certeza.

A estratégia global de Rousseff

Não foi apenas a aliança de Rousseff com os países do BRICS que fez dela um alvo principal da política de desestabilização de Washington. Sob seu mandato, o Brasil está agindo com rapidez para baldar a vulnerabilidade à vigilância eletrônica norte-americana da NSA .

Dias após a sua reeleição, a companhia estatal Telebras anunciou planos para a construção de um cabo submarino de telecomunicações por fibra ótica com Portugal através do Atlântico. O planejado cabo da Telebras se estenderá por 5.600 quilômetros, da cidade brasileira de Fortaleza até Portugal. Ele representa uma ruptura maior no âmbito das comunicações transatlânticas sob domínio da tecnologia norte-americana. Notadamente, o presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, disse numa entrevista que o projeto do cabo será desenvolvido e construído sem a participação de nenhuma companhia estadunidense.


As revelações de Snowden sobre a NSA em 2013 elucidaram, entre outras coisas, os vínculos íntimos existentes entre empresas estratégicas chave de tecnologia da informática, como a Cisco Systems, a Microsoft e outras, e a comunidade norte-americana de inteligência. Ele declarou que:

A questão da integridade e vulnerabilidade de dados é sempre uma preocupação para todas as companhias de telecomunicações.

O Brasil reagiu aos vazamentos da NSA periciando todos os equipamentos de fabricação estrangeira em seu uso, a fim de obstar vulnerabilidades de segurança e acelerar a evolução do país rumo à autossuficiência tecnológica, segundo o dirigente da Telebras.

Até agora, virtualmente todo tráfego transatlântico de TI encaminhado via costa leste dos Estados Unidos para a Europa e a África representou uma vantagem importante para espionagem de Washington.

Espionagem!

O Expresso está 100 por cento sob nosso controle.

Se verdadeiro ou ainda incerto, o fato é que sob Rousseff e de seu partido o Brasil está trabalhando para fazer o que ela considera ser o melhor para interesse nacional do Brasil.

A geopolítica do petróleo também é chave

O Brasil também está se livrando do domínio anglo-americano sobre sua exploração de petróleo e de gás. No final de 2007, a Petrobras descobriu o que considerou ser uma nova e enorme bacia de petróleo de alta qualidade na plataforma continental no mar territorial brasileiro da Bacia de Santos. Desde então, a Petrobras perfurou 11 poços de petróleo nesta bacia, todos bem-sucedidos. Somente em Tupi e em Iara, a Petrobras estima que haja entre de 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, o que pode quase dobrar as reservas brasileiras atuais de petróleo. No total, a plataforma continental do Brasil pode conter mais de 100 bilhões de barris de petróleo, transformando o país numa potência de petróleo e gás de primeira grandeza, algo que a Exxon e a Chevron, as gigantes do petróleo norte-americano, se esforçaram arduamente para controlar.

Em 2009, segundo cabogramas diplomáticos norte-americanos vazados e publicados pelo Wikileaks, a Exxon e a Chevron foram assinaladas pelo consulado estadunidense no Rio de Janeiro por estarem tentando, em vão, alterar a lei proposta pelo mentor e predecessor de Rousseff em seu Partido dos Trabalhadores, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ou Lula, como ele é chamado.

Esta lei de 2009 tornava a estatal Petrobras operadora-chefe de todos os blocos no mar territorial. Washington e as gigantes estadunidenses do petróleo ficaram furiosos ao perderem controles-chave sobre a descoberta da potencialmente maior jazida individual de petróleo em décadas.

Dilma Rousseff e Joe Biden
Para tornar as coisas piores aos olhos de Washington, Lula não apenas afastou a Exxon Mobil e a Chevron de suas posições de controle em favor da estatal Petrobras, como também abriu a exploração do petróleo brasileiro aos chineses. Em dezembro de 2010, num dos seus últimos atos como presidente, ele supervisionou a assinatura de um acordo entre a companhia energética hispano-brasileira Repsol e a estatal chinesa Sinopec. A Sinopec formou uma joint venture, a Repsol Sinopec Brasil, investindo mais de 7,1 bilhões de dólares na Repsol Brasil. Já em 2005, Lula havia aprovado a formação da Sinopec International Petroleum Service of Brazil Ltd, como parte de uma nova aliança estratégica entre a China e o Brasil, precursora da atual organização do BRICS.

Washington não gostou

Em 2012, uma perfuração conjunta, Repsol Sinopec Brazil, Norway’s Stateoil e Petrobras, fez uma descoberta de importância maior em Pão de Açúcar, a terceira no bloco BM-C-33, o qual inclui Seat e Gávea, esta última uma das 10 maiores descobertas do mundo em 2011. As maiores do petróleo estadunidense e britânico absolutamente sequer estavam presentes.

Com o aprofundamento das relações entre o governo Rousseff e a China, bem como com a Rússia e com outros parceiros do BRICS, em maio de 2013, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio ao Brasil com sua agenda focada no desenvolvimento de gás e petróleo. Ele se encontrou com a presidenta Dilma Rousseff, que havia sucedido ao seu mentor Lula em 2011. Biden também se encontrou com as principais companhias energéticas no Brasil, inclusive a Petrobrás.

Embora pouca coisa tenha sido dita publicamente, Rousseff se recusou a reverter a lei do petróleo de 2009 de maneira a adequá-la aos interesses de Biden e de Washington. Dias depois da visita de Biden, surgiram as revelações de Snowden sobre a NSA, de que os Estados Unidos também estavam espionando Rousseff e os funcionários de alto escalão da Petrobras. Ela ficou furiosa e, naquele mês de setembro, denunciou a administração Obama diante da Assembleia Geral da ONU por violação da lei internacional. Em protesto, ela cancelou uma visita programada a Washington. Depois disso, as relações Estados Unidos-Brasil sofreram um grave resfriamento.

Dilma e Lula

Antes da visita de Biden em maio de 2013, Dilma Rousseff tinha uma taxa de popularidade de 70 por cento. Menos de duas semanas depois da visita de Biden ao Brasil, protestos em escala nacional convocados por um grupo bem organizado chamado Movimento Passe Livre, relativos a um aumento nominal de 10 por cento nas passagens de ônibus, levaram o país virtualmente a uma paralisação e se tornaram muito violentos. Os protestos ostentavam a marca de uma típica “Revolução Colorida”, ou desestabilização via Twitter, que parece seguir Biden por onde quer que ele se apresente. Em semanas, a popularidade de Rousseff caiu para 30 por cento.
Texto: / Postado em 03/12/2014 ás 08

O Vídeo que a Rede Globo foi proibida de repetir !

SALVE BOECHAT!!! Um Jornalista que diz tudo o que todos os jornalistas deveriam fazer atualmente no Brasil.

https://fbcdn-video-c-a.akamaihd.net/hvideo-ak-xpa1/v/t42.1790-2/11856022_740834909360078_594933358_n.mp4?efg=eyJybHIiOjM2MSwicmxhIjo4NDAsInZlbmNvZGVfdGFnIjoicmVzXzQyNl9jcmZfMjNfbWFpbl8zLjBfc2QifQ%3D%3D&rl=361&vabr=201&oh=3cd98b0b294057dbd26f853b48576b9d&oe=55D35314&__gda__=1439912523_a348619a9026f140229c0091f7aa167chttps://fbcdn-video-c-a.akamaihd.net/hvideo-ak-xpa1/v/t42.1790-2/11856022_740834909360078_594933358_n.mp4?efg=eyJybHIiOjM2MSwicmxhIjo4NDAsInZlbmNvZGVfdGFnIjoicmVzXzQyNl9jcmZfMjNfbWFpbl8zLjBfc2QifQ%3D%3D&rl=361&vabr=201&oh=3cd98b0b294057dbd26f853b48576b9d&oe=55D35314&__gda__=1439912523_a348619a9026f140229c0091f7aa167c

FHC Quebra-Barraco

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A QUEM INTERESSA MANTER O DEBATE POLÍTICO TÃO RASTEIRO? Ou porque não avançar?

Há poucos anos rendi-me ao Facebook porque acho que as novas mídias podem contribuir para uma democratização das sociedades, ainda não sejam solução absoluta, como nada o é por princípio. Ando meio cansado do debate que tem rolado nesses espaços, pois vejo gente radicalizando o viés ideológico de suas análises e críticas, sem o menor motivo.

Nessa trajetória já li que o sociólogo Pierre Bourdieu não era marxista e ouvi que os governos do PT eram ditaduras. Ora, essas duas expressões isoladas podem dar impressão de eu estar manipulando, mas não. Faz-se isso da mesma forma que chamam o regime da Venezuela de ditadura ou categorizam Paulo Freire de marxista noutras searas.

O mesmo debate retira os governos do PT da esquerda e os igualam aos do PSDB. Confundem governos revolucionários, como os que se constituíram “logo” depois das revoluções Francesa de 1789, Russa de 1917, Chinesa de 1949, Cubana de 1959, com outros governos eleitos e empossados em regimes democráticos, como de Salvador Allende, no Chile e os do Lula e Dilma no Brasil.

Me pergunto se as pessoas realmente pensam no que escrevem, ou escrevem para que pensem nelas. Afinal, não é muito diferente o Rodrigo Constantino ou outro energúmeno da Veja dizer que a maior corrupção da história do Brasil foi o “mensalão” do PT, frente à “doação” das estatais brasileiras durante os governos do FHC, como a Vale do Rio Doce, ou alguém detonar o Lula e/ou a Dilma, frente ao fim da miséria absoluta e da fome no Brasil, além é claro dos inegáveis avanços noutras áreas, como educação, ou em segmentos sociais desfavorecidos, com efetiva distribuição da riqueza nacional.

É também verdade que a distribuição de riqueza não foi satisfatória, ou mesmo que os investimentos em educação não tenham sido suficientes; outras áreas, como saúde ainda hoje está na berlinda. Mas, estes “investimentos” sociais – vamos chamá-los assim – foram os mais significativos na história do país no caso da distribuição da renda, ou os maiores da história, no caso da educação. São dados, não discursos ou argumentos. Basta consultar o IBGE ou os levantamentos históricos realizados.

Negligenciar isso é, no mínimo, má fé. Negar esses avanços, seja no campo da direita ou esquerda, não é diferente e, definitivamente, não representa a menor contribuição a um debate honesto sobre as reais necessidades da nação brasileira. Muito ao contrário, torna o debate rasteiro e sem elementos significativos, impede que sejam esclarecedores para a maioria da população que é desinformada e deseducada, quando não manipulada.

Venho insistindo muito em defender que um debate político com esse nível – ou falta de – sofisticação analítica é muito mais prejudicial que enriquecedor, considerando a imensa maioria da população. Assim, nossa contribuição vai noutra direção: desinformamos, deseducamos, confundimos e, sobretudo, mantemos o debate onde a direita sempre o quer: ao rés do chão, esquemática, sem a consistência necessária a um verdadeiro avanço na consciência política da sociedade. Noutros termos, mantemos o debate onde ele jamais deixa de estar: distante dos verdadeiros avanços que já foram alcançados noutros países, em muitos dos quais não houve revolução, mas há uma população muito mais esclarecida – Suécia, Noruega, Islândia, por exemplo.


Aí me pergunto, a quem serve mesmo manter o debate assim? 

segunda-feira, 30 de março de 2015

A CORRUPÇÃO COMO ELA É, E QUEM A ALIMENTA: saiu n OGlobo - Apenas 2 dos 22 deputados envovidos na Operação Lava-Jato foram eleitos graças à sua própria votação.


Saiu no O Globo de hoje que...

"Deputados com votos dos outros
Apenas dois dos 22 deputados investigados no STF devido à Operação Lava-Jato foram eleitos graças à sua própria votação. Os demais não tiveram votos suficientes, mas foram beneficiados pela força de suas coligações. Para especialistas, isso gera distorções na representação no Parlamento. (Pág. 3)"


A Reforma Política não é uma bandeira partidária, mas uma pauta nacional. A notícia é mais um motivo para realizá-la o mais rápido possível. Absurdos assim precisam desaparecer da política brasileira. Os bandidos da política se alimentam dessas excrescências legais...

A cada notícia sabemos que instituições da magnitude da OAB e da CBNN que propuseram o fim do financiamento empresarial de campanha, uma "lei" que foi - tecnicamente - aprovada no STF, pois recebeu seis (6) votos favoráveis em dez (possíveis) - tem cumprido seu papel político, cívico, institucional com a nação. 
A quesatão é quem não tem feito o mesmo?

No Brasil, até mesmo juízes se posicionam, francamente, contra instituições, partidos e a nação. O Ministro Gilmar Mendes, nesse caso, pediu vistas ao projeto e o "arquivou" em sua casa, por conta própria. 
Um acinte jurídico, político e cívico contra o qual algumas vozes se levantaram (#devolvegilmar), mas não adiantou. Uma violação dos princípios legais a quem o funcionário público é pago para defender. Uma violação, não somente dos legítimos direitos dos cidadãos, mas das premissas que regem as relações estado-nação e garantem a nação como corpo social do estado. Uma violação à Carta Magna de 1988, a quem o ministro deve (ou deveria), mais do que respeito, reverência. 

A velha mídia, em geral, se calou. 

Nesse ínterim, o PMDB propôs "sua" reforma política que altera pouco essas práticas expúrias, ligadas ao uso do dinheiro em campanhas eleitorais. As mesmas que atraem os bandidos para a política e marcaram a vida política nacional da Nova República. 

Ainda que uma ditadura traga desdobramentos funestos para a vida política nacional e por longo tempo - entre muitos outros graves problemas - o que justificaria o fato de essas práticas sejam mantidas até agora? 
Passou da hora de mudar! 

As manifetações de 2013 expressaram bem que a população não suporta mais essas mazelas políticas, gestadas no ventre da ditadura. Mas, como ficou evidente nos resultados das investidas populares contra os acordos dos governos estaduais e municiapis com as companhias de transporte, prejudicando a população, tais práticas  contaminaram, senão todos os políticos, pelo menos viciaram a imensa maioria deles.
Ao longo da Nova República, transformaram-se numa das práticas mais expúrias da cultura de corrupção nacional. Afinal a corrupção ligada ao Metrô de SP prejudica toda a população da cidade, cotidianamente. 
Tivemos também corrupção em diversos níveis de governo, das quais somente e última foi a julgamento: "compra" de eleição (Collor); compra aumento de mandato (Sarney), reeleição (FHC), compra de votos no congresso (com minúscula - cujos corrompidos não forma punidos)

Me lembro da esposa do ex-presidente Collor ser acusada de roubar dinheiro da merenda escolar: realização irônica do dito popular - tirar doce de criança... 

A notícia de que 10% dos envolvidos na Operação Lava-Jato não foram eleitos mostra que o problema não está somente nos eleitores desinformados e/ou manipulados, comprados, etc. mas na máquina eleitoral montada pelo banditismo político que virou epidemia. Ela deixa ainda mais claro a necessidade de realizarmos uma reforma política que, sobretudo, rompa com as relações intestinais entre dinheiro - em geral de origem desonesta, incluindo o banditismo - e a alta política brasileira. 

Mais pelo Brasil!


Editorial da Folha de São Palulo:
“Justiça tarda e falha”, acerca de demora para o julgamento do mensalão tucano"

segunda-feira, 9 de março de 2015

A esquerda entrega as ruas para a direita: um alerta importante e alarmante


Mais uma vez a política da esquerda pequeno-burguesa
Nem, nem... a esquerda pequeno-burguesa entrega as ruas para a direita
Psol e PCB não querem lutar contra o golpe, a Rede Globo explicou para eles que isso é "governismo"
Mais uma vez, a esquerda pequeno-burguesa que está fora do governo mostrou que realmente está disposta a deixar a direita à vontade e, quem sabe até, apoiar a direita contra o governo.
Psol e PCB, diante das duas manifestações que vão acontecer nos próximos dias e do aumento da polarização política no País, levam adiante a política do “nem uma coisa, nem outra”, que também poderia ser chamada de política dos que estão vivando em outra dimensão. Tudo isso, como sempre é claro, vem misturado com uma bela cobertura de “temos uma posição classista”. Não tenhamos dúvida de qual classe a posição dessa esquerda representa: a classe média. Mas antes de explicar mais uma demonstração de extrema desorientação política, que está levando esses grupos – devemos incluir aí o PSTU – a uma aliança prática com a extrema direita, vejamos as declarações.
Em uma nota escrita no dia 10 de fevereiro por sua direção nacional, o Psol afirma que “o partido desautoriza o uso de seu nome em convocatórias de atos pró-governo a serem realizados no próximo dia 13 de março”.
E acrescenta:
“O lugar do povo brasileiro não é nem reforçando as forças conservadoras, nem tampouco [grifo nosso] apoiando o governo atual e suas medidas. É ocupando as ruas para exigir o fim do pacote de austeridade, o fim dos reajustes das tarifas públicas e dos combustíveis, o arquivamento dos projetos que representam retrocesso de direitos e a punição de todos os envolvidos nos escândalos de corrupção da Petrobrás, tanto do período FHC quanto Lula e Dilma [grifo nosso].”
Já o PCB, depois de ter visto o nome do partido na convocatória para o ato do dia 13 de março, correu para desmentir e aproveitou para atacar o governo: “PCB não participa de atos governistas”. “A Comissão Política Nacional do PCB vem a público comunicar que o partido não participará desse ato e, portanto, não autoriza a inclusão de nossa sigla na lista de entidades promotoras”.
Em primeiro lugar é preciso explicar que as duas manifestações não são meras “manifestações”. Elas são a expressão mais visível nesse momento da polarização política no Brasil. Os elementos da direita e extrema-direita nacional, abertamente financiados pelo imperialismo e promovidos pela imprensa cartelizada (Globo, Veja, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo) preparam um golpe contra o governo, disfarçado como sempre detrás de “belas” justificativas morais. O golpe é contra o governo do PT – os “governistas” na linguagem da esquerda pequeno-burguesa – naturalmente. O golpe precisa ser dado contra o governo de plantão, independentemente da natureza e das características dele. Apenas para lembrar, quem está na presidência é o PT, não o PCB nem o Psol.
Mas o golpe, como todo golpe, não para depois de derrubar o governo. Seu objetivo é muito mais profundo: atacar brutalmente as condições de vida dos trabalhadores, as organizações populares, sindicais, estudantis.
A extrema-direita que sairá nas ruas no dia 15 quer isso. A manifestação do dia 15 não quer o “impeachment”, quer um golpe. Golpe mesmo, assim como o de 64, ou como o do Pinochet no Chile e tantos outros.
Diante disso, a tarefa central da esquerda que se diz revolucionária é denunciar e lutar contra o golpe. Lutar contra o golpe não significa ser “governista” como costumam argumentar as crianças da esquerda pequeno-burguesa. Lutar contra o golpe é defender as organizações operárias e populares, atacar os fascistas.
E para acrescentar, devemos lembrar que lutar contra o golpe é, em uma grande medida, lutar contra a própria política de conciliação e covardia do PT, que se nega, como sempre, a lutar.
O que significa o “nem, nem”?
A política do Psol e do PCB nada mais é do que uma maneira de se aliar com a direita usando palavras de esquerda. Não se posicionar claramente contra o golpe, convocando a esquerda, os sindicatos, os movimentos populares, o próprio PT e obviamente os trabalhadores para sair às ruas contra os golpistas é estar do lado da direita.
Mas a posição é ainda pior. O Psol deixa “escapar” em sua nota que sair às ruas no dia 13 é ainda pior do que ir na manifestação do dia 15. Para o Psol, o ato do dia 13 é para “defender o governo”. Foi a Globo que falou isso para a direção nacional do partido.
Para a esquerda pequeno-burguesa é necessário que se construa uma “alternativa”, uma “saída pela esquerda”, como diz a nota do Psol. Tudo isso é muito bonito, mas diante do golpe e do crescimento da extrema-direita, qual será a posição do Psol? Nem um, nem outro. Esperemos o dia em que nossas pregações “esquerdistas” atinjam a cabeça do povo e ele decida eleger a Luciano Genro, o Mauro Iasi ou o Zé Maria como presidentes da república. Até lá... nem, nem.
Vamos deixar como está, mas sem deixar de pedir a cabeça do PT. Foi a Rede Globo e a revista Vejaquem explicou isso para eles.
Com essa posição, a esquerda pequeno-burguesa deixa as ruas para a direita. Não defender uma frente de de luta de todos os trabalhadores contra o golpe com a justificativa morais contra o PT apenas deixa o caminho livre para o avanço da direita, que já está nas ruas e está crescendo.
O Psol vai ainda mais longe e pede a punição dos envolvidos em escândalos de corrupção. Como é bom aprender com a Rede Globo!
Mas os psolistas vão dizer: “não somos como a rede Globo porque pedimos a punição do período FHC.” Sobre isso, nos resta lembrar que essa posição é a mesma da Dilma e do PT, que também chegaram nessa posição porque a Globo ensinou para eles que é preciso ser “ético”.
A política da esquerda pequeno-burguesa é uma falsa alternativa de esquerda. Ao atacar o governo, dando razões aos argumentos da direita, tudo o que essa esquerda faz é dar um ar de “pureza” para o golpismo.
A única alternativa real que está colocada nesse momento é sair às ruas contra o golpe, levantando as reivindicações dos trabalhadores, coisa que o PT não faz ou faz timidamente e apenas com objetivos eleitorais. É preciso uma posição clara de luta contra a direita e o golpe. Essa é a principal tarefa do momento.


http://www.pco.org.br/movimento-operario/nem-nem-a-esquerda-pequeno-burguesa-entrega-as-ruas-para-a-direita/abbo,e.html

Eu abomino alguns dos termos usados acima por considerá-los completamente anacrônicos, entre outras coisas mas... 

A análise é muito pertinente. 

Vale lembrar que, antes do golpe de 1964, mesmo os mais combativos e bem informados brasileiros NÃO ACREDITVAM na possibilidade... 
Fato é que os EUA enviou seus navios para o caso de guerra civil, mas por aqui intelectuais, jornalistas sérios, até militantes e revolucionários tenderam a não abominar o golpe. 
Depois, deu no que deu: 21 anos de ditadura sanguinária, na qual,além de perdas de graves de direitos sociais e maturidade cívica para a grande maioria da população - pobres e miseráveis, antes dos governos do PT; exílios quando não assassinatos; supressão dos direitos polítcos de todos que não fossem próximos aos golpistas e seus interesses. 
Ainda hoje tem gente que formou-se em História (???) e teve a coragem de chamar a ditadura militar - que eu prefiro civil-militar, para destacar a participação da sociedade civil, sobretudo empresários entreguistas - de "ditabranda" publicamente. Escárnio público com todos os brasileiros, principalmente com os mortos, desaparecidos e destruídos psicologicamente e/ou fisicamente pelas torturas e os seus...  Além de erro histórico, erro conceitual e erro cívico, houve também por parte desses vendilhôes de cátedra, uma deliberada falta de ética quanto ao papel que o jornmalismo e o profissional da história desempenham numa sociedade. Eu diria que é mau-caratismo!
Por tudo isso, está passando da hora de sermos intolerantes com essa gente. Houve eleições democraticas e eles foram vencidos NO VOTO. Como diria meu velho pai, "o choro é livre". 
Vamos demosntrar para essa corja que movimento social é outra coisa. Manifestação tem outros significado. A luta pela reforma política que retira o dinheiro privado da política. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O MAIOR ESCÂNDALO QUE NÃO SAIU NA VELHA MÍDIA



Nós, brasileiros, fomos acostumados a não nos indigmnarmos com a realidade com a qual nos deparamos. Trata-se de um traço historico que precisa ser pesquisado...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

JORNALISMO DENUNCIADOR: SÓ OS MOVIMENTOS POPULARES DE RUAS CONSEGUIRÁ QUEB...

JORNALISMO DENUNCIADOR: SÓ OS MOVIMENTOS POPULARES DE RUAS CONSEGUIRÁ QUEB...: FCO.LAMBERTO FONTES Trabalha em  JORNALISMO INTERATIVO  em  ARAXÁ / MG. 1 blog - 1 página - Twitter, de 30  gr...





Culpa do PT e seus apoiadores. Incompetência política.



A esquerda brasileira é um lástima!

Agora é esperar o pior!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CUNHA, UM SABOTADOR DA REPÚBLICA A SERVIÇO DE QUEM?

O PMDB rasteiro, entre outros, trabalha para que essa "barbaridade política" eleja-se presidente da Câmara de Deputados. Um líder bem a altura de seus membros, certamente, mas muito aquém do povo brasileiro. 

A questão é, se sabota a República a quem serve então? 

Reproduzo o Tijolaço: http://tijolaco.com.br/blog/?p=22746


...

O mestre Janio de Freitas – sempre ele, quase só ele – traça um retrato que a imprensa, no seu afã de abanar tudo o que possa ser foco de dificuldades para Dilma Rousseff, tem sido incapaz de traçar.
Mostra como é, de fato, a luta entre o PMDB presidido por Michel Temer e a parte da bancada liderada por Eduardo Cunha, um personagem tenebroso no qual se depositam esperanças de vir a ser o “derrubador parlamentar” da expressão eleitoral do povo brasileiro.
Janio demonstra como Cunha se oferece – e aos deputados que lidera – como uma esfinge sem mistérios, da qual o desafio ao governo é um “atenda-me ou te devorarei”.
Mas que, também, negocia com a oposição a condição de príncipe da sabotagem, que lhe renda poder, vantagens e uma liderança política incompatível com sua pequenez moral.
Janio diz tudo, mas atrevo-me a uma pequena e burlesca contribuição de testemunha ao que diz Janio sobre as artes de Eduardo Cunha é frente da Telerj no Governo Collor. Por meio de um secretário de Estado, foi ao Palácio Laranjeiras, no início do segundo governo Brizola, levar um dos primeiros telefones celulares a opoerar aqui. Um trambolho, que funcionava numa maleta e servia apenas para fazer peso. Brizola recebeu aquele traste e nunca, que eu visse, o usou. A única ligação que Cunha tentou com o sabido gaúcho, caiu logo no começo. Quando Garotinho, ainda no PDT, elegeu-se governador, Cunha foi uma das indicações que levou ao rompimento de Brizola com o recém-eleito, quando lhe entregaram as obras da Cehab,pelo apoio de sua rádio evangélica. Se perguntarem a Garotinho, hoje, o que é Eduardo Cunha, tirem antes as crianças de perto.

Encontro contra

Janio de Freitas
Divisão por divisão –esqueceram aquela?– há uma que, sobre ser verdadeira, está sem o reconhecimento de sua importância e, no entanto, é decisiva para muitas das questões suscitadas com o resultado da eleição presidencial.
O PMDB tem agendadas para hoje duas reuniões contraditórias. Vice-presidente reeleito e presidente do partido, Michel Temer reúne governadores e outros eleitos, lideranças e ministros peemedebistas para considerações conjuntas sobre metas do PMDB e sobre projetos passíveis do apoio partidário, em especial a reforma política. Essa pauta da reunião é real, mas o que une todos os temas é a busca de unir também os presentes, contra a contestação a Temer, ou ao comando partidário em geral, organizada pelo deputado Eduardo Cunha, líder da bancada na Câmara.
Marcada a reunião no Palácio Jaburu por Michel Temer, Eduardo Cunha saiu com a represália: convocou os seus deputados para reunião também hoje. As aparências oferecidas por ele são de que age para defender o objetivo de eleger-se presidente da Câmara. Mas, antes mesmo de expor tal propósito, veio emitindo sinais de um plano de dissensão. Desde logo, por exemplo, com a condução da bancada em frequente oposição à linha do partido. Todos os assuntos pareceram ser-lhe úteis para ser visto como um problema em crescimento.
Eduardo Cunha entrará muito fortalecido na nova Câmara. Adotou uma igreja evangélica, que lhe assegurou votação extraordinária, obteve grande apoio financeiro para candidatos a deputado e não se limitou a ajudar correligionários diretos. É dotado de sagacidade muito aguda e de audácia que ainda não mostrou limite algum, ao impulso de ambições que se revelam sempre maiores do que o já espantoso.
A solução interna dos peemedebistas terá o mesmo significado para o PMDB e para o governo. O predomínio continuado do comando com Michel Temer e sua corrente levará à permanência do convívio peemedebista com Dilma Rousseff, com o governo e com o PT, sem maiores alterações. Incluída a composição em torno da eventual reforma política e de outras possíveis reformas. Esse peso decisivo do PMDB se refletirá, portanto, nas tendências do Congresso e, em particular, da Câmara semelhantes às atuais.
O êxito de Eduardo Cunha levará ao desalinhamento entre PMDB e governo, sem que daí se deduza o alinhamento à oposição. Ser disputado aumenta o valor. E o maior valor torna mais fácil abrir caminhos para o objetivo. É o que Eduardo Cunha tem feito, desde que surgiu, como do nada, recebendo de PC Farias já o cargo, com múltiplas utilidades, de presidente da telefônica do Rio.
A cara do Congresso que se instalará em 2015 está na dependência de como se decida a divisão do PMDB.