segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Temer? Sempre há o que o "Temer" com essas raposas velhas da política brasileira. Há 500 anos é assim!

Eu continuo afirmando que o grande erro das esquerdas brasileiras é o mesmo do início dos anos 1960 - arrogância política e falta de um pé na realidade concreta. A situação se complica por não se saber quem é o adversário. 
Apoiar o governo Dilma não significa concordar com o projeto que "ajuste fiscal" representa, mas reconhecer que é preciso derrotar primeira e principalmente a direita, que avançou muito e ameaça fazer mais, desde a última eleição. 
O contexto não está para debates menores. Ao contrário, estamos vendo retrocessos no Congresso (!) que nos enviam aos anos 1980 ou, pior, ao século XIX. A esquerda "revolucionária" (termo irônico no qual reúno sindicalistas irresponsáveis, as esquerdas que não percebem quem é o "vilão" e/ou outros grupos que desconhecem o contexto internacional), ao fazer oposição ao governo, alimenta a direita. Isso não é ficção, é política! 
Afinal, trata-se de uma luta ideológica. O adversário é outro e ele sabe, muito bem, a quem deve reverência e qual é seu alvo: derrotar os avanços sociais e impor uma agenda neo-liberal. Acusar os avanços sociais da última década de "direitista" é uma atitude de luta ideológica - que, nesse momento, eu considero rasteira. Trata-se de de investida daqueles que aspiram ao poder, ou não passa de má fé. Como não acredito que haja má fé desses grupos, a luta se encaminha para a vitória do PSDB e seus aliados. PONTO!. 
A pergunta "concreta" é: a quem serve um impeachment da Dilma? A resposta é muito clara: à direita! Ao PMDB e PSDB. Ou alguém, com alguma lucidez, acredita que com o PT fora do governo a agenda que vai avançar é a dos movimentos sociais? Um governo liderado pelo Temer? 
Temos muito a "Temer"!

Nenhum comentário: