Há uma cegueira absoluta entre os membros de segmentos progressistas das sociedades ocidentais na atualidade que repercutem também entre nós. Por um vício profissional farei uma reflexão bem assentada na realidade brasileira. Talvez, a partir daí, possa arriscar a tirar algumas conclusões mais amplas que não se aplique somente ao Brasil.
A mais importante premissa é considerar a história do Brasil como premissa para pensar o que está em curso. Na trajetória errante do país passamos por uma monarquia na maior parte do século XIX, herdando inclusive duas grandes desgraças: a escravidão e uma corte fujona que ajudou a fundar a "elite" composta por portugueses que aportaram por aqui depois do avanço das forças napoleônicas na Europa.
A "elite" brasileira cedeu seu lares a "nobreza" portuguesa que chegava. Uma atitude de submissão e reverência à elite/nobre que violava seus lares. Talvez essa atitude de nossa elite tenha matizado seu comportamento para o resto da história que deixava de ser colonial do ponto die vista político, mas não do ponto de vista cultural, como é evidente.
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