ublicado em 15/07/2014
BRICS:
FALTA UMA NOTICIABRÁS
Fortaleza, teu nome é Bretton Woods dos trópicos ! (A elite branca vai ficar uma fera !)
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A presidenta Dilma nesta segunda-feira pós-Copa se vingou do PiG (*) e fez um balanço minucioso do sucesso do empreendimento – clique aqui para ler “O Brasil é o país do futebol e do trabalho sério”, com especial atenção ao slide-show.
O PiG menosprezou o balanço.
A Fel-lha de SP (de mau hálito mortífero, por causa da deterioração da bílis) promoveu um outro “balanço” para demonstrar que não houve Copa.
O jn do Gilberto Freire com “i” (**) dedicou mais espaço ao grande estadista Agripino Maia e a seu notável repórter do que às palavras da Dilma – na cobertura do mesmo evento.
O PiG se vingou da Dilma.
E boicotou o balanço.
A quem chegou o balanço bem-sucedido ?
Ao PiG estrangeiro é que não foi.
Porque ele se alimenta do PiG nativo, como diria o Mino Carta.
O New York Times foi capaz de assegurar que o Brasil é que provocou a joelhada do Zuñiga no Neymar…
A Economist e o Financial Times, sofisticados difusores dos interesses e da ideologia dos bancos americanos e alemães, fizeram como a Veja e diziam que o Maracanã só ia ficar pronto em 2038.
A NBR e a TV Brasil não bastam para levar o balanço da Copa aos brasileiros.
Já se sabe que isso só tem conserto com uma Ley de Medios.
(Por falar em Ley de Medios e seus ferrenhos adversários, o Ministro Plim-Plim, de todos os que fizeram balanço da Copa, ontem, ganhou o campeonato da mediocridade, da imprecisão, da incapacidade de se comunicar. Um portento ! Onde o Brasil foi amarrar a égua !)
E o mundo exterior ?
Como mostrar o Brasil da Copa das Copas ao resto do mundo ?
O Brasil é o “B” dos BRICs, embora o PiG dê a entender que o “B” é de Botswana.
(Jim O’Neill, criador da expressão BRICs quando trabalhava no Goldman Sachs, conta que, antes de divulgar o estudo, veio apresentá-lo a clientes do Goldman em São Paulo – e a seus diretores nativos, claro. Estava no início do primeiro mandato do Lula. E foi pressionado pela platéia de vira-latas a tirar o “B” do acrônimo: não, o Brasil não chega lá; o Brasil não merece; ainda mais agora, com esse … de presidente … – devem ter sido os argumentos. O’Neill manteve o “B” e mais: comprou Reais. E ganhou muito dinheiro com a valorização da moeda brasileira. Sobre o episódio, consultar o livro “O Mapa do Crescimento”, do próprio.)
Nessa reunião de Fortaleza se tornará ainda mais claro que os BRICs criam mecanismos políticos de pressão sobre os (atualmente) mais ricos e sobre as instituições que criaram no pós-II Guerra – como a ONU, o FMI e Banco Mundial.
Além disso, os BRICs começam a criar instrumentos – como um banco – para substituir o FMI e o Banco Mundial e acelerar a substituição do dólar americano como moeda de reserva.
Fortaleza, teu novo nome é Bretton Woods – sob o sol escaldante !
(Os paulistas vão ficar uma fera ! Bem que a Dilma disse ontem. Que estava indo a Fortaleza para o evento dos BRICS, o que, antes, só se realizava em Brasília ou no Sudeste. Quer dizer, São Paulo…)
E como levar esse novo mundo ao resto do mundo ?
A China e Rússia montaram poderosos mecanismos de difusão de informações.
A agência de notícias Xinhua é muito competente – ler artigo de seu presidente Li Congjun, no Pig cheiroso, o Valor, que a Dilma não lê, assim como não vê a Globo.
Ele trata de “BRICs pode ter uma imprensa forte”.
A CCTV, a televisão estatal chinesa, exibe programas em diversas línguas – inclusive espanhol – com material de muito boa qualidade.
A Rússia tem uma TV em língua inglesa que contratou o ancora americano Larry King.
E o Brasil ?
Claro que o Ataulfo Ver-Mal (***), o Arrocho Neves, o dos múltiplos chapéus e todos os trombones neolibelês ficarão furiosos quando ouvirem falar em “Noticiabrás”.
(O nome pode ser mais sutil …)
Da mesma maneira profissional e competente com que a Dilma, a Gerente, sim !, fez a Copa das Copas, teria condições de jogar fora todo o atual aparato de informações – a começar pela Agência Brasil (tucana por hábito e interesse) – e montar um sistema de distribuição de notícias para servir ao povo brasileiro, hoje aprisionado pela Globo, e mostrar ao mundo quem é o “B” dos BRICs.
A Dilma conseguiu dar o drible da vaca no PiG e escondeu o espetacular Centro de Comando e Controle da Copa, com duas sedes, no Rio e Brasília.
Por que não usa a mesma tecnologia – drible da vaca, com uma mortífera corridinha do Robben – para montar a Notíciabrás ?
(O ansioso blogueiro informa aos amigos navegantes e detratores – os suspeitos de sempre – que está muito bem na Record e não precisa de emprego…)
É isso o que a elite branca quer: trancar o Brasil na Globo.
E o Brasil dos Plim-Plims fez exatamente isso: se encarcerou na armadilha da liberdade de imprensa dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.
E ontem eles se vingaram da Dilma.
Ah, é ? Você quer que eu diga que houve a Copa ?
Toma aqui um minuto de Agripino pra você.
Deu certo pra você, cara pálida…
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
O PiG menosprezou o balanço.
A Fel-lha de SP (de mau hálito mortífero, por causa da deterioração da bílis) promoveu um outro “balanço” para demonstrar que não houve Copa.
O jn do Gilberto Freire com “i” (**) dedicou mais espaço ao grande estadista Agripino Maia e a seu notável repórter do que às palavras da Dilma – na cobertura do mesmo evento.
O PiG se vingou da Dilma.
E boicotou o balanço.
A quem chegou o balanço bem-sucedido ?
Ao PiG estrangeiro é que não foi.
Porque ele se alimenta do PiG nativo, como diria o Mino Carta.
O New York Times foi capaz de assegurar que o Brasil é que provocou a joelhada do Zuñiga no Neymar…
A Economist e o Financial Times, sofisticados difusores dos interesses e da ideologia dos bancos americanos e alemães, fizeram como a Veja e diziam que o Maracanã só ia ficar pronto em 2038.
A NBR e a TV Brasil não bastam para levar o balanço da Copa aos brasileiros.
Já se sabe que isso só tem conserto com uma Ley de Medios.
(Por falar em Ley de Medios e seus ferrenhos adversários, o Ministro Plim-Plim, de todos os que fizeram balanço da Copa, ontem, ganhou o campeonato da mediocridade, da imprecisão, da incapacidade de se comunicar. Um portento ! Onde o Brasil foi amarrar a égua !)
E o mundo exterior ?
Como mostrar o Brasil da Copa das Copas ao resto do mundo ?
O Brasil é o “B” dos BRICs, embora o PiG dê a entender que o “B” é de Botswana.
(Jim O’Neill, criador da expressão BRICs quando trabalhava no Goldman Sachs, conta que, antes de divulgar o estudo, veio apresentá-lo a clientes do Goldman em São Paulo – e a seus diretores nativos, claro. Estava no início do primeiro mandato do Lula. E foi pressionado pela platéia de vira-latas a tirar o “B” do acrônimo: não, o Brasil não chega lá; o Brasil não merece; ainda mais agora, com esse … de presidente … – devem ter sido os argumentos. O’Neill manteve o “B” e mais: comprou Reais. E ganhou muito dinheiro com a valorização da moeda brasileira. Sobre o episódio, consultar o livro “O Mapa do Crescimento”, do próprio.)
Nessa reunião de Fortaleza se tornará ainda mais claro que os BRICs criam mecanismos políticos de pressão sobre os (atualmente) mais ricos e sobre as instituições que criaram no pós-II Guerra – como a ONU, o FMI e Banco Mundial.
Além disso, os BRICs começam a criar instrumentos – como um banco – para substituir o FMI e o Banco Mundial e acelerar a substituição do dólar americano como moeda de reserva.
Fortaleza, teu novo nome é Bretton Woods – sob o sol escaldante !
(Os paulistas vão ficar uma fera ! Bem que a Dilma disse ontem. Que estava indo a Fortaleza para o evento dos BRICS, o que, antes, só se realizava em Brasília ou no Sudeste. Quer dizer, São Paulo…)
E como levar esse novo mundo ao resto do mundo ?
A China e Rússia montaram poderosos mecanismos de difusão de informações.
A agência de notícias Xinhua é muito competente – ler artigo de seu presidente Li Congjun, no Pig cheiroso, o Valor, que a Dilma não lê, assim como não vê a Globo.
Ele trata de “BRICs pode ter uma imprensa forte”.
A CCTV, a televisão estatal chinesa, exibe programas em diversas línguas – inclusive espanhol – com material de muito boa qualidade.
A Rússia tem uma TV em língua inglesa que contratou o ancora americano Larry King.
E o Brasil ?
Claro que o Ataulfo Ver-Mal (***), o Arrocho Neves, o dos múltiplos chapéus e todos os trombones neolibelês ficarão furiosos quando ouvirem falar em “Noticiabrás”.
(O nome pode ser mais sutil …)
Da mesma maneira profissional e competente com que a Dilma, a Gerente, sim !, fez a Copa das Copas, teria condições de jogar fora todo o atual aparato de informações – a começar pela Agência Brasil (tucana por hábito e interesse) – e montar um sistema de distribuição de notícias para servir ao povo brasileiro, hoje aprisionado pela Globo, e mostrar ao mundo quem é o “B” dos BRICs.
A Dilma conseguiu dar o drible da vaca no PiG e escondeu o espetacular Centro de Comando e Controle da Copa, com duas sedes, no Rio e Brasília.
Por que não usa a mesma tecnologia – drible da vaca, com uma mortífera corridinha do Robben – para montar a Notíciabrás ?
(O ansioso blogueiro informa aos amigos navegantes e detratores – os suspeitos de sempre – que está muito bem na Record e não precisa de emprego…)
É isso o que a elite branca quer: trancar o Brasil na Globo.
E o Brasil dos Plim-Plims fez exatamente isso: se encarcerou na armadilha da liberdade de imprensa dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.
E ontem eles se vingaram da Dilma.
Ah, é ? Você quer que eu diga que houve a Copa ?
Toma aqui um minuto de Agripino pra você.
Deu certo pra você, cara pálida…
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos, estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.
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