quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

COPA: considerações sobre o debate

Não sou economista, então não sei dizer quem está com a razão nesse debate. Mas, uma evidência é bem lógica: se tais realizações estivessem acontecendo independente da Copa - e não tivessem a visibilidade que têm - não haveria gritaria, porque seriam obras isoladas. Além disso, as obras somente seriam usadas e pagas ao longo de muitos anos e pelas despesas que iriam gerar aos seus usuários. Mas, ao que eu saiba, muito poucos estádios no Brasil são privados. O governo tem dito que os novos estádios são realizações feitas em parceria com a iniciativa privada, além dos argumentos citado pelo Ministro. (http://blog.planalto.gov.br/copa-gera-riquezas-que-ajudarao-a-resolver-problemas-estruturais-da-sociedade-afirma-aldo-rebelo/)  Me parece, portanto, que a avaliação dos gastos da Copa está distorcida. Tudo indica que é motivada por críticas de cunho político, mas como é difundida pela mídia tupiniquim - que não tolera os governos do PT, mas também não larga o osso - tornou-se um tema "público". Acho que deve mesmo ser público o debate sobre os investimentos, do governo, mas sob a égide de um estudo macro dos desdobramentos que o evento vai ter na economia como um todo. Pois, haja mídia para difundir discursos e desinformados para abraçá-los como seus.  Nesse caso - tornar a questão "pública" - devem ser avaliados, com mais atenção, os argumentos dos envolvidos nas realizações e também as críticas daqueles que não aprovam o evento. Afinal, é ingênuo acreditar que não existem interesses por trás das críticas, embora isso não as desmereça, previamente. Um observação merece destaque: a mídia brasileira tem contratado (comprado?) gente de alto nível para defender (melhor seria dizer, defendê-la - a mídia, pois teve papel fundamental no golpe de 1964 e durante a ditadura) que o regime militar foi uma "ditabranda". ... Mas, essa é uma questão para outro post...   

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