sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

LULA E A MISÉRIA DA ELITE



Tem ficado até chato esse trabalho de re-postar artigos do Conversa Afiada. Mas, vejam o que disse o Lula. Mais do que isso, observem como um cara acostumado a lidar com a elite da sociedade brasileira se deu conta que há um problema com ela que é estrutural. 

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Felizmente para nós brasileiros que não admitimos que num país tão rico como o Brasil é preciso haver miséria para que alguns sejam ricos, e infelizmente para uma minoria que tem resistência em admitir que um metalúrgico a frente de um partido de esquerda fez uma verdadeira revolução social neste país, Lula sempre soube o que fazia. Mais do que tudo, ele sabe reconhecer que país é esse e quem são seus conterrâneos, queiram ou não queiram admitir. Ele é um cara que gera mesmo ódio. Afinal, quem pode governar com uma sabedoria dessas? 
Obama que formou-se Harvard e tinha uma trajetória política de sucesso, soube reconhecer isso imediatamente. Mas, ele é fruto das minorias dos EUA. Sabe de onde veio. Mas, deixemos ao Lula expressar sua sabedoria política!

Lula propôs uma “revolução na comunicação” radicalizando o uso das redes sociais para contrapor a velha mídia do contra. O recado foi: nós não podemos depender dos outros para publicar o que nós mesmos devemos publicar.

“Nem reclamo, porque no Brasil a imprensa gosta muito de mim”, ironizou o ex-presidente. E deu a sua opinião sobre a razão pela qual a mídia tradicional tem resistência a ele: “Eu nasci assim, eu cresci assim e vou continuar assim, e isso os deixa [os órgãos de imprensa] muito nervosos”. O mesmo se aplicaria aos outros governos progressistas da América Latina: “Eles não gostam da esquerda, não gostam de [Hugo] Chávez, não gostam de [Rafael] Correa, não gostam de Mujica, não gostam de Cristina [Kirchner],não gostam de Evo Morales, e não gostam não pelos nossos erros, mas pelos nossos acertos”, disse. Para Lula, as elites não gostam que pobre ande de avião, compre um carro novo ou tenha uma conta bancária.

“Quem imaginava que um índio, com cara de índio, jeito de índio, comportamento de índio, governaria um país e, mais do que isso, seu governo daria certo?”, indagou Lula, referindo-se a Evo Morales, presidente da Bolívia. Ele contou que a direita brasileira queria que ele brigasse com Evo, quando ele estatizou a empresa de gás boliviana, que era de propriedade da Petrobras. “Aí eu pensei: eu não consigo entender como um ex-metalúrgico vai brigar com um índio da Bolívia”, contou o ex-presidente, sob os aplausos da plateia. 

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